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Concerto Comemorativo do 150º aniversário do Comando Distrital da PSP de Leiria

Concerto Comemorativo do 150º aniversário do Comando Distrital da PSP de Leiria

Horários e escolha de sessões

Escolha de sessões:

Data Hora
Qui 20 Nov 21:30
Preço Entrada livre (Limitada à lotação da sala)
Este espetáculo não dispõe de vendas on-line

Outras informações

Público

M/6

Concerto Comemorativo do 150º aniversário do Comando Distrital da PSP de Leiria

Descrição

Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública, como grupo orgânico da PSP, assume a sua origem histórica no processo de criação de um corpo policial em Portugal.
Se o primeiro corpo de agentes policiais foi criado por D. Fernando I, os chamados “Quadrilheiros”, nos idos anos de 1383, no que diz respeito à origem da Banda Sinfónica da PSP, contaremos mais quatro séculos e meio, para o seu aparecimento.
No decurso histórico da instituição policial, numa tentativa de resposta à necessária manutenção da ordem e da paz públicas, muitas são as “Resoluções e Leis” que criam, extinguem e sobrepõem organismos policiais.
É com Pina Manique que a Intendência Geral de Polícia alcança o reconhecimento público das suas ações no combate ao crime, sendo que, em resultado da reorganização dos serviços, é fundada, em 25 de dezembro de 1801, a Guarda Real de Polícia, instituição que vai albergar no seu efetivo a Primeira Banda de caráter militar em Portugal.
A partir desta data, muitas são as instituições militares que tomam como seu o modelo da Banda da Guarda Real de Polícia. Como refere Albino Lapa, “[…] foi a primeira organização militar armada que existiu para manter a segurança pública […]” e “[…] dada a grandeza que usufruía não podia por isso deixar de ter uma Banda de Música […] que tinha a sua sede na Costa do Castelo […]”; fica então claro que este modelo surge num contexto policial de manutenção da ordem e da paz públicas, razão pela qual a Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública arroga os
pergaminhos históricos da Banda da Guarda Real de Polícia.
Com o decorrer dos anos, fruto de políticas e conveniências próprias das épocas, as forças policiais vão sofrendo alterações na sua organização: extinguindo-se umas, criando-se outras, sobrepondo-se até.
Percorrendo o caminho do tempo, assistimos à criação e extinção da Guarda Nacional (1823, associada aos Liberais), da Guarda Municipal do Porto e de Lisboa (1834, última força a render-se às mãos dos Republicanos) e somos chegados ao Corpo de Polícia Civil, criado pelo Rei D. Luís, em 2 de julho de 1867, instituição que lança as bases para a criação da atual Polícia de Segurança Pública.
Neste emaranhado de instituições policiais, paradoxalmente convergentes nos objetivos, a música foi o elemento sempre presente. Por isso, em 1925, o Capitão José Esteves Graça, a prestar serviço na Polícia Cívica de Lisboa, assume a regência de um grupo de músicos desta instituição, formando, assim, a Banda de Música do Corpo de Polícia Cívica de Lisboa. Em 1927, a Polícia Cívica de Lisboa adota a designação de Polícia de Segurança Pública, continuando, desde sempre, a Banda a fazer parte da sua orgânica.
Entre 1927 e 1950, sob a chefia do Capitão Armando Fernandes, a Banda desenvolve o seu nível artístico, ao ponto de obter o primeiro prémio no concurso de marchas militares, realizado em 1936 pela Emissora Nacional de Radiodifusão.
No período que vai de 1959 a 1969, cabe ao Alferes Álvaro Sousa a condução melódica da obra artística, sendo sucedido nesse desígnio pelo Capitão Pinto Rodrigues, que se mantem em funções até que, em 1979, o Major Silvério Campos assume o comando, naquela que será a nova fase histórica, artística e institucional da Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública.
A 28 de abril de 1981, na lavra do Dec. Lei 88/81, é constituída oficialmente a Banda Sinfónica da PSP, sendo posteriormente definidas as normas de execução permanente, em NEP publicada na OS n.º 129 (I Parte), de 10 de agosto de 1982, e, recentemente, com a Portaria n.º 290/201, de 15 de novembro. Com caráter sinfónico, a Banda trilha os caminhos do reconhecimento institucional, afirmado pelas referências elogiosas outorgadas pelo Comandante Geral General Monteiro Pereira, em 07/07/1994 e por Sua Exª. o Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, em 29/11/1996, bem como pelos Louvores atribuídos pelo Comandante-Geral da PSP em 17/01/1996 e em 18/08/1997, pelo Comandante do DAG em 10/01/2013 e pelo Diretor Nacional da PSP em
15/01/2015 e pelo sucesso artístico, atuando nos mais distintos palcos, no país e no estrangeiro.
Aquando das comemorações do 128.º aniversário da Cruz Vermelha Internacional é agraciada com o diploma e medalha de agradecimento pela “espontânea e valiosa cooperação“ prestada a esta instituição. É também “Benemérita de Honra da Ordem Hospitaleira em Portugal e das Celebrações Culturais do V Centenário do
Nascimento de S. João de Deus”. Internacionalmente, representou o país e a Polícia de Segurança Pública, em 1997, no “7.º Festival Internacional de Bandas”, em Saumur, França, e, em 2000, participa, a convite, no “5.º Festival Internacional de Bandas”, realizado em Saint-Étienne, atuando para um grupo de melómanos que enchia o teatro Massenet.
Desde a sua oficialização, foram Maestros da Banda Sinfónica da PSP o Major Silvério de Campos, o Subintendente
Ernesto Esteves e o Subcomissário Alberto de Freitas.
A Banda Sinfónica da Polícia de Segurança Pública, jovem no caráter e madura nos pergaminhos, relevando a sua origem histórica, refletiu sempre uma posição de vanguarda nos movimentos artísticos portugueses.
Foi a primeira Banda das forças de segurança e militares a integrar nos seus quadros elementos do sexo feminino. A sua interação com a sociedade e com a academia levou-a a ser pioneira em muitas das atividades levadas a cabo ao longo da sua história. Nessa medida, foi pioneira na gravação regular de suportes áudio para editoras nacionais e estrangeiras; na realização de concertos com a participação de concertistas de renome nacionais e internacionais; no convite a maestros (reconhecidos nacional e internacionalmente) para a dirigirem em concerto, colaborando com academias e universidades na realização de atividades de formação, em direção de banda, na coadjuvação de alunos dos cursos de direção de banda (participando nas defesa das suas teses); no convite a jovens compositores para escreverem para a banda; e na colaboração com músicos e artistas dos mais diversos géneros musicais, que vão do fado ao rock, passando pelo jazz.
Assume como pontos altos o espetáculo realizado em 2005, no Teatro Olga Cadaval, em Sintra, onde acompanhou, em concerto, Maria João e Mário Laginha, e a colaboração com a Associação Portuguesa de Saxofone, no primeiro congresso deste instrumento, em que a teve o privilégio de acompanhar os quatro maiores nomes do Saxofone mundial, Claude Delangle, Mário Marzi, Henk van Twillert e o quarteto Saxofínia. Em julho de 2012, realiza, pela primeira vez, a nível mundial, a “I Semana Académica Master Classe, em Direção e Performance” – ação que permite que alunos das escolas de ensino artístico trabalhem ao mais alto nível, inseridos num agrupamento musical profissional, apresentando-se no final em concerto público.
Tem, desde há alguns anos, em atividade, o “Grupo de Metais da Banda Sinfónica da PSP”, tendo-se apresentado nas mais variadas situações protocolares e nas mais diversas apresentações de diferentes características, abrangendo várias faixas etárias. Promove os “Concertos de Palmo & Meio®”, direcionados para um público cuja faixa etária vai
desde os seis meses de idade aos seis anos. O “Trio de Câmara” e o “Quinteto de Sopros” participam em diversas cerimónias protocolares, em colaboração com a Presidência da República e com o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Faz parte do seu efetivo, também, um “Duo de Piano e Voz” que participa em eventos de índole variada. Foi recentemente criado o “POP Trio BSPSP” que aborda repertório com tons de jazz e caráter ligeiro.
Tem gravados 19 Cds para a etiqueta holandesa “Molenaar”. Precingida de uma atmosfera de condicionalismos impostos pelas realidades em que está inserida, a Banda Sinfónica
da PSP conta com um quadro de músicos de elevada formação artística, académica e profissional, coordenados pelo atual Chefe em Exercício e Diretor Artístico, Subintendente Ferreira Brito, coadjuvado pelo Subcomissário Pedro Ferreira, para continuar a servir a Polícia de Segurança Pública e Portugal.